Moisés desabou e me gritou furiosamente:
— Eu devia ter te matado! Não, eu devia matar todos vocês! Vou matar todos vocês!
Infelizmente, ele provavelmente não teria a chance de cumprir suas ameaças. Moisés confessou todos os seus crimes, o que significava que o julgamento seria mais rápido do que o normal. E com o apoio da família Henriques, a data do tribunal foi marcada para daqui a uma semana. Se não fosse por isso, eu não estaria tão apressada.
— Se você não mudar seu depoimento agora, ninguém poderá te salvar! — Aumentei o tom de voz para abafar os insultos dele, gritando de volta.
De repente, a porta se abriu de fora para dentro, deixando alguns feixes de luz escaparem até os meus pés. O pó no ar parecia encenar uma fuga desesperada, trazendo uma sensação de calma misturada com loucura.
Ergui os olhos e vi Bruno, todo vestido de preto, parado na entrada, bloqueando a única fonte de luz. Por um momento, o silêncio tomou conta da cela, interrompido apenas pelos gritos de Moisés. Er