Esperei até o cair da noite na nova mansão.
Estendi a mão, como se pudesse desenhar o contorno dos arranha-céus e a silhueta daquele homem distante. A escuridão da noite envolvia tudo, e o vidro da janela refletia meu rosto exausto.
Era como se eu já soubesse de antemão qual seria o desfecho, mas simplesmente não conseguia me desprender.
O ponteiro do relógio se moveu lentamente até marcar meia-noite. O som abrupto do celular cortou o silêncio.
[Ana, os policiais cercaram a Mansão à beira-mar. Se você quiser que meu irmão morra, deixe que eles entrem para me prender!]
Uma mensagem. A provocação nua e crua de Gisele.
Estendi a mão, passando os dedos pela janela como se quisesse apagar o incômodo dentro de mim. Mas o que consegui foi apenas uma mão cheia de poeira.
Eu admitia: Gisele tinha me atingido.
A verdade era exatamente como ela dissera. Se ela desaparecesse, era muito provável que Bruno também não resistisse.
Diante da situação de hoje, eu não sabia até que pont