Eu ri de mim mesma, da minha própria ideia tola. Como poderia um morto deixar um bilhete...
Talvez ele não quisesse se divorciar de mim e usava a desculpa da fuga.
Que palhaçada!
Deixei o hospital e voltei para a Antiga Mansão da família Henriques. Pensei que ele eventualmente voltaria para casa. Sua irmã e sua mãe ainda estavam lá, então, para onde ele poderia ir?
A casa estava vazia e silenciosa, com exceção de um pequeno barulho vindo da cozinha no primeiro andar.
Karina ainda estava preparando a sopa.
Caminhei em silêncio até a porta e, baixinho, perguntei:
— Está fazendo sopa para o Bruno?
Ela se assustou, colocando a mão no peito antes de se virar.
— Ana, você me assustou!
— Eu perguntei se está fazendo sopa para o Bruno.
Minha voz estava sem emoção, e Karina forçou um sorriso, um pouco constrangida.
— Sim, e tem também para você. Como tem cuidado tanto do Bruno ultimamente, pensei em preparar algo para você também. Vou levar a sua sopa, e você pode beber