Capítulo 369
Procurei por toda a Mansão à beira-mar, e finalmente avistei Bruno, ereto, no jardim dos fundos coberto de neve.

Seu casaco preto estava coberto por uma fina camada de flocos brancos, evidenciando que ele estava ali há um bom tempo.

Normalmente, essa época do ano seria a mais agitada para ele, mas ali estava ele, perdido na contemplação da neve que caía.

Seu olhar parecia fixo em um ponto distante, ao mesmo tempo vago, como se estivesse perdido em pensamentos, sua expressão etérea mais leve do que os próprios flocos de neve.

— Bruno. — Chamei suavemente.

Uma sensação me dizia que, se não o chamasse, ele poderia se congelar, fundindo-se com o inverno.

Queria contar a ele sobre meus planos de ir para o exterior, embora já estivesse preparada para sua possível reprovação.

Ele se virou, com um semblante tão frio quanto as geleiras de mil anos atrás. Cada traço de seu rosto parecia delicado, mas escondia uma crueza cortante.

Seus olhos foram se focando em mim lentamente, e após um momen
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