Soltei uma leve risada, segurei o rosto de Bruno entre as mãos e dei um beijo suave em seus lábios.
— É assim?
Bruno estreitou os olhos enquanto me observava.
— Ainda não é o suficiente.
Fechei os olhos, obediente, tentando aprofundar o beijo, mas o toque nos meus lábios não era o dele. Em vez de sentir a suavidade de seus lábios, meu beijo encontrou sua bochecha.
Ele virou o rosto, evitando-me.
— Ana, você sabe o que está fazendo?
Um lampejo de confusão passou pelo meu olhar. Eu não estava apenas fazendo o que ele pediu?
— Não consigo ver nenhuma emoção nos seus olhos. — Havia uma sombra de tristeza no olhar de Bruno enquanto ele me empurrava para o assento ao lado. — Nem mesmo posso chamar isso de tentativa de agradar.
O que isso significava?
Eu tomei a iniciativa, e agora ele não queria mais?
Bruno deixou apenas o perfil visível para mim, sua mandíbula cerrada, e seus olhos ganharam um brilho afiado, quase cortante.
Depois de um longo silêncio, perguntei:
—