— Ana. — Eu estava prestes a sair quando uma voz masculina de repente me chamou. Mesmo sem me virar, eu sabia exatamente de quem era aquela voz.
Olhei para a porta próxima de mim, suspirei profundamente e, com um sorriso no rosto, me virei.
— Nelson.
Eu não esperava encontrar Nelson aqui. Afinal, ele já tinha sofrido bastante por minha causa. Eu lhe devia isso.
Repeti a mesma pergunta que fiz a Kevin:
— Você está bem?
Ele apertou os lábios. O homem, vestido com seu uniforme, parecia forte e resoluto, mas o leve rubor no canto dos olhos o traiu.
Atravessando o longo corredor, ele se aproximava de mim, passo a passo.
— Obrigado.
— Desculpe.
Quando ele chegou à minha frente, nós dois falamos ao mesmo tempo.
Ele sorriu de repente, mostrando uma fileira de dentes brancos sob a aba do boné.
— Tem um tempo? Vamos comer algo juntos. — Hesitei por um momento, e ele acrescentou: — Lembro que você ainda me deve um jantar.
Fiquei em silêncio, então ele continuou:
— Se você achar que nã