A porta do hospital se abriu e se fechou novamente, a assistente Isabela isolando tudo atrás. Até seus passos pareciam mais leves.
Aquela dor persistente, que lhe dava a sensação de que sua perna nunca sararia, finalmente parecia desaparecer. Hoje, ela podia dizer a si mesma que estava curada.
Ela se aproximou do carro de Bruno, mas ao tentar abrir a porta, percebeu que não conseguia. Caminhou até o lado do motorista, bateu na janela, mas o motorista permaneceu em silêncio, sem abrir a boca.
Assistente Isabela de repente teve uma ideia. Caminhou até a beira da estrada e ficou ali, parada, sem intenção de entrar no carro.
Dentro do carro, o ambiente estava pesado. Bruno estava com uma mão apoiada na cabeça, claramente em péssimo humor.
A janela do carro desceu lentamente, e Bruno levantou os olhos, encarando a mulher que estava ali, parada. Sua voz, sombria como sempre, ecoou do interior do veículo.
— Quantos anos você está trabalhando comigo?
— Desde que o senhor entrou n