A música pulsava alto na casa da Marina, um mix de funk e eletrônica que fazia o chão vibrar. Sofia sentia o coração bater no mesmo ritmo, mas por motivos bem diferentes. Ela estava parada perto da piscina, a cerveja esquecida na mão, olhando fixo para Lucas no meio do grupo de amigos ricos. Ele ria de algo que uma morena elegante dizia, o copo de uísque na mão, a postura relaxada — nada do Lucas de jaqueta surrada e carro velho que ela conhecia.
Luiza ao lado dela, sussurrando:
— Vai lá falar com ele. Agora. Veja o que ele diz.
Sofia respirou fundo, o peito apertado de raiva e confusão. Atravessou o gramado, desviando de gente dançando, até chegar perto do círculo. Um dos amigos de Lucas — um cara alto, de camisa aberta mostrando correntes de ouro — viu ela primeiro e sorriu.
— Ei, beleza! Quer entrar na roda?
Lucas virou o rosto. Os olhos dele encontraram os dela por um segundo. E então... nada.
Nenhum reconhecimento. Nenhum sorriso surpreso. Nenhum “Sofia, que coincidência!”.
Ele a