Fitei a carta, com lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Li e reli até que cada palavra ficasse gravada na minha memória. Meus olhos pousaram na data — ela havia sido escrita apenas semanas antes de sua morte. Um soluço escapou dos meus lábios, e eu deixei tudo sair. Chorei, minhas lágrimas encharcando o papel. Por que ele não me contou? Eu teria entendido, mas ele manteve para si mesmo.
— Eu te perdoo, Pai. Por tudo. — Murmurei.
Fitei o papel pela última vez, incapaz de me livrar da sensação de que a última linha não pertencia. As palavras “Vingue-me.” não soavam como algo do meu pai, mas a caligrafia era dele. E talvez, apenas talvez, ele realmente acreditasse que eu poderia fazer isso.
— Kaida. — A voz familiar de Aric chamou. Eu estava tão concentrada na carta que não percebi sua aproximação. Apesar de mim mesma, uma pontada de constrangimento surgiu por ter sido surpreendida tão facilmente — eu deveria ter sentido seu cheiro ou ouvido seus passos.
Eu estava de costas para ele e rapi