— Imperatriz. — Chamei. Mas ela não estava sozinha — percebi outras imperatrizes e altos regentes a seguindo.
— Você ficou fora por bastante tempo. — Disse ela, olhando para mim. — Achou mesmo que poderia fugir?
— Não pretendia fugir… Eu só queria explorar a cidade.
— Explorar a cidade? — Ela questionou, se aproximando de mim. — Você é a Escolhida; lá fora, tudo o que encontrará são pessoas pecadoras, prontas para corrompê-la; não há nada lá fora.
— Então talvez eu não queira ser a escolhida do deus da luz! Talvez eu só queira viver minha vida como qualquer outra garota; talvez eu ache que isso — tudo isso, é uma mentira.
Ela me deu um tapa forte, e a dor aguda foi seguida pelo gosto metálico de sangue na minha língua.
— Como ousa dizer algo tão blasfemo?
— Não retiro minhas palavras. Você me tranca aqui, dia e noite, me forçando a ler livros estúpidos, me forçando a aprender línguas estúpidas. Se o deus da luz fosse tão poderoso, não teria problema em falar na língua comum. Você disse