Eu sabia que Julia viria me visitar — já tinha antecipado isso. Mas, à medida que as horas passaram, comecei a ter esperança de ter sido perdoada. Essa esperança se quebrou quando acordei do meu sono e a encontrei sentada na cadeira em frente a mim.
— Imperatriz. — Reconheci, começando a me levantar.
— Não há necessidade disso. — Ela disse.
Olhei para cima e vi Trian parado ali, o olhar firme.
— Sinto muito; desrespeitei a Imperatriz, mas não tive essa intenção.
— Ouvi dizer que você está cansada de aprender.
— Eu nunca disse isso.
— Está chamando-a de mentirosa?
— Não… claro que não. Foi apenas um mal-entendido.
— “Já fui encarregada de aprender tantas línguas; não vejo utilidade em aprender ainda mais.” — Ela citou exatamente as palavras que eu tinha dito. — Quando eu era pequena, tinha tantas perguntas — por que coisas estranhas sempre aconteciam comigo? Eu me perguntava: por que comigo? Mas, à medida que cresci, percebi que cada uma dessas coisas “estranhas” que aconteceram tinha o