— Slade. — Chamei de novo, mas não houve resposta. Claro, justo quando eu mais precisava dele, ele resolveu brincar de desaparecer. Eu não ia aceitar isso.
— Quer que eu suplique?
Isso parecia ridículo; eu estava sozinho no meu escritório, chamando pelo fantasma do meu pai morto, e qualquer um que me visse naquela cena com certeza acharia... perturbador.
— Dá pra ver que você precisa de algo. — Disse a voz. Slade finalmente apareceu.
— Achei que tinha te perdido de vez.
— Você não fala isso como se fosse algo ruim.
— Quero dizer, eu preciso de respostas, mas se eu puder parar de ver o seu fantasma, seria ainda melhor.
— Eu devia me sentir ofendido, mas já me acostumei com o seu jeito de demonstrar carinho.
Olhei para o meu pai. Um dia, eu temi esse homem; o mundo todo o temia. Ele era o terror em forma humana — ou, agora, em forma de fantasma. E agora... ele não era nada. Eu não conseguia evitar sentir certa pena, mesmo sabendo que ele mesmo cavou a própria cova desde o começo.
— Por a