Axel permanecia vivo nos meus sonhos, porém despertar para o lembrete doloroso invariavelmente me fazia chorar. Ele deixara um vazio tão fundo que eu temia que nem mesmo o tempo conseguisse preencher.
Eu não compreendia com exatidão por que seguia em direção à feiticeira, mas sentia que precisava reparar meus erros. O lugar permanecia idêntico ao que era quando Nick e eu o visitáramos pela primeira vez. Eu sabia que não devia estar ali e, mesmo assim, lá estava. Afastei os tentáculos que se entrelaçavam até formar uma cortina viva.
A feiticeira continuava imóvel como uma estátua sobre o altar coberto de musgo.
— Bem-vinda de volta, Rainha. — Disse ela, voltando-se para mim. Encarei aqueles olhos antigos, profundos como se guardassem todo o conhecimento do mundo.
— Você sabe por que estou aqui. — Falei.
— Sei, sim. Contudo receio que não possa ajudar.
— Por favor...
— Está tentando lutar contra o destino, contra a própria natureza. Não se pode devolver a vida a quem já morreu.
— Você nã