“Abigail Zapata Monterrey”
Eu havia esperado pelo Ulisses no dia anterior, o dia todo, mas ele não apareceu, eu sentia como se ele estivesse apenas mexendo com as nossas cabeças, mas a conversa com o Antônio na noite anterior foi tensa o suficiente para que eu tivesse certeza de que o Ulisses era uma ameaça muito real e assustadora. Não sei o que o Antônio havia dito que deu essa sensação, na verdade foi mais o jeito que ele estava, a sua tensão, o excesso de avisos de cuidado.
- Coelhinha, como você está? – O Martim entrou em minha sala pela décima vez com a mesma pergunta e a preocupação em seus olhos me deixava ainda mais nervosa.
- Ursinho, senta. – Eu falei um tanto autoritária e ele obedeceu. – Ótimo!
Eu fui até ele, subi um pouco a minha saia e me sentei em seu colo, pegando o seu rosto entre as minhas mãos e beijando a sua boca. Ah, sim, isso sim era bom, me tirava o foco do motivo de eu estar tão nervosa. O Martim envolveu os braços em minha cintura, nós deixamos aquele beijo