“Emiliano Quintana”
Eu precisava acalmar a Pilar ou nós nunca conseguiríamos nos entender. Antes de chegar ao escritório eu passei numa floricultura e comprei uma rosa vermelha pra ela, dentro de uma caixa. Eu compraria todas as rosas da floricultura, mas eu achei que aquela única rosa significaria muito mais. Eu parei na recepção e a encarei, ela estava de óculos escuros.
Eu dei a volta no balcão e parei em sua frente, retirei os óculos do seu rosto com cuidado. Seu rosto estava pior que no dia anterior, muito roxo e o olho muito inchado. Eu lamentei aquilo e mais uma vez e me senti culpado. Deixei os óculos sobre o balcão e lhe entreguei a caixa com a rosa. Ela tirou a fita e abriu. Eu vi o pequeno sorriso que aquela teimosa tentou esconder. Eu tinha escrito um cartão dizendo que eu havia guardado o vinho para que tomássemos juntos e que eu estava chateado por não poder tocá-la. Ela leu, suspirou e me encarou.
- Isso significa que você mudou de idéia? – Ela perguntou.
- Isso signifi