“Emiliano Quintana”
Eu abri os olhos com dificuldade, a luz da manhã entrava pela janela, mas parecia que ia me cegar. Aquele não era o meu quarto. Eu tentei tirar a cabeça do travesseiro, mas a dor de cabeça que eu estava sentindo era lancinante. Eu me lembrei apenas que estava na casa do Martim e que nós bebemos na noite anterior. Isso era ressaca, eu só precisava dormir mais um pouco.
Então eu me virei para o outro lado, de olhos fechados, senti um cheiro agradável de coco e relaxei um pouco mais, uma imagem se formou no fundo da minha mente, aquela menina linda usando um vestido vermelho de bolinhas brancas em meus braços e... e nada, Emiliano! Eu farejei o ar, sentindo aquele cheiro de coco tão perto, meu cérebro, ainda enevoado pelo álcool, estava me enganando, trapaceando para me fazer ter sonhos proibidos.
E aí eu simplesmente senti uma mão delicada e quente pousar sobre o meu torso nu, como se me puxasse, e senti o calor. Eu abri os olhos lentamente e ela estava ali na minha