— Não dei autorização para mexer no meu celular — declarei, cruzando os braços e olhando fixamente em seus olhos. — Tem feito muita coisa do meu desagrado.
Clara bufou e saiu da cozinha, virando nos calcanhares e jogando o cabelo para trás, pisando firme. Fiquei olhando para sua bunda enquanto ela andava, praticamente rebolando. Essa mulher iria me deixar louco.
— A conversa não acabou, Clara! — Fui atrás dela.
— Ah... mas para mim acabou — resmungou, sem olhar para trás.
Apertei o passo, alcançando-a no corredor e segurando seu braço.
— Não ouse me ignorar, Clara. Você é minha esposa e vai me ouvir — Minha voz saiu autoritária, deixando claro que não aceitaria ser tratado assim.
Ela me encarou, os olhos brilhando de raiva.
— Seu esposo? — Ela riu sarcasticamente. — Não me faça rir, Victor. Esse casamento é uma farsa e você sabe disso!
Senti meu sangue ferver. Como ela se atrevia a falar assim comigo?
— Olha aqui, sua...
Mas antes que eu pudesse terminar a frase, ela me interrompeu.
—