O jantar seguiu silencioso. O vinho tingia as taças, mas ninguém bebia. A comida esfriava nos pratos, ignorada. Liz sustentava o olhar de Alexander com a mesma intensidade com que ele a devorava com os olhos, como se um movimento errado pudesse romper a frágil corda que sustentava o controle entre os dois.
— Você está brincando com fogo — ele murmurou, finalmente.
— Talvez eu goste de me queimar — ela respondeu, saboreando o vinho devagar, sem tirar os olhos dele.
Alexander riu, mas sem humor. Inclinou-se na cadeira, os cotovelos apoiados sobre a mesa, e os olhos escuros fixos nela. Havia algo ali. Algo mais que desejo. Um conflito silencioso rugia dentro dele. Liz sentiu.
— Você não sabe o que está fazendo, Liz.
— Eu sei exatamente o que estou fazendo. Só que você não está acostumado com mulheres que não tremem diante da sua presença.
Ele bufou, o maxilar tenso. Depois de alguns segundos, murmurou, como quem deixava escapar algo que tentava esconder:
— Ela também era as