Tamara hesitou por um instante, talvez surpresa por não ter conseguido abalar Liz como esperava. Mas logo se recompôs, lançando-lhe um olhar de desprezo antes de virar nos calcanhares e sair, batendo a porta atrás de si.
Assim que ficou sozinha, Liz sentou-se na beirada da cama. Sentia o coração batendo acelerado, os olhos ardiam com lágrimas que ela não permitiria cair. Era mentira? Era verdade? Alexander havia mesmo deitado com Tamara enquanto ela criava Miguel sozinha, em silêncio e dor?
Ela não sabia o que era pior: o ciúmes corrosivo que sentia ou a dúvida que agora se instalava como uma praga.
Naquela noite, Liz não dormiu. Ouvia cada barulho da casa, o som do berço ao lado, o farfalhar do vento nas cortinas. Miguel dormia sereno. Ela, em guerra.
E no fundo, por mais que negasse, queria saber a verdade. Precisava ouvir de Alexander se aquelas palavras venenosas de Tamara tinham algum fundo de verdade. Porque o que estava em jogo agora não era apenas o passado deles, mas o fu