Acordo com uma dor latejante na cabeça, como se pequenos martelos pulsassem dentro da minha cabeça.
— Merda… — murmuro, apertando os olhos. — Eu realmente não devia ter bebido tanto.
Quem mandou ouvir as ideias da Mia e da Livi? As duas ainda vão me pagar por essa.
Pisco algumas vezes, tentando reconhecer o ambiente, mas nada me é familiar. Um quarto diferente, o ar com cheiro de álcool misturado a perfume masculino… e então sinto. Uma mão firme enroscada na minha cintura.
Meu corpo gela. Minha respiração falha por um segundo.
— Já vai fugir, Bel? — a voz é baixa, rouca… e perfeitamente reconhecível.
Meu coração despenca no peito.
— Mauricinho...? — sussurro, incrédula. Eu… eu realmente fiz isso?
— Não vai me dizer que não se lembra… — ele provoca, com um sorriso na voz, enquanto seus dedos deslizam preguiçosamente pela minha pele.
Eu me afasto de leve, tentando recompor minha dignidade, e os flashes da noite anterior explodem na minha mente como cenas desconexas: a festa do Mauricinh