Capítulo 57

Acordei com a luz da manhã filtrando pelas frestas da cortina. O som distante de passos e vozes no andar de baixo indicava que a casa já estava viva, mas ao meu redor, tudo parecia inerte. A cama ainda carregava o calor da noite passada, mas Bernardo não estava mais ali.

Me virei para o lado onde ele dormira. O travesseiro afundado, o lençol bagunçado… e um vazio que pesava mais do que eu gostaria de admitir. O travo amargo na garganta não era apenas sono mal dormido — era arrependimento, era vergonha.

Toquei os próprios lábios, tentando apagar o gosto da noite anterior. O jeito como ele me tocou… como se eu não fosse nada além de um corpo. Como se quisesse me provar o quanto aquilo doía nele. E doeu em mim também. Talvez mais do que eu estivesse preparada pra sentir.

Sentei na beirada da cama, o chão gelado sob os pés servindo de choque de realidade. Ele estava se afastando. Eu podia sentir isso agora, com uma clareza cortante. Bernardo estava erguendo muros que antes eu fingia nã
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