Aos poucos, fui voltando à consciência. Meu corpo parecia pesado, e uma sensação de cansaço tomava conta de mim. Minhas pálpebras tremularam antes de se abrirem completamente, e a luz branca do quarto me cegou por alguns instantes.
Pisquei algumas vezes até conseguir focar melhor no ambiente. Foi então que percebi a presença ao meu lado.
Bernardo estava sentado ali, com os cotovelos apoiados nos joelhos e a cabeça baixa, como se estivesse perdido em pensamentos. Segurava minha mão entre as dele, o toque quente contrastando com o frio que eu sentia.
Soltei um suspiro fraco, chamando sua atenção. Ele ergueu a cabeça no mesmo instante, e o alívio estampado em seu rosto foi tão intenso que me pegou desprevenida.
— Laura… — Sua voz saiu rouca, carregada de algo que não consegui decifrar. — Como está se sentindo?
Tentei responder, mas minha garganta estava seca. Antes que eu conseguisse dizer qualquer coisa, Bernardo pegou um copo de água e me ajudou a beber.
— Melhor — respondi