Na manhã seguinte, acordei cedo, mas o quarto estava vazio. Bernardo não estava lá, e eu nem percebi quando ele entrou para dormir na noite anterior. Também não apareceu para o jantar, depois da nossa discussão. Eu estava irritada, e, honestamente, começava a me sentir perdida em meio a tudo aquilo. Era difícil admitir, mas meus sentimentos estavam começando a me trair. Eu não queria sentir, mas não conseguia evitar.
Levantei-me da cama, sentindo o peso do silêncio entre nós, e fui direto para o chuveiro, na esperança de que a água quente me trouxesse um pouco de consolo e alívio. Quando terminei o banho, sequei meu cabelo com pressa, vesti uma calça confortável, botas e uma blusa de manga comprida, tentando ignorar a sensação de vazio que estava sentindo.
Foi então que ouvi batidas na porta, seguidas da entrada de Lena. Ela estava vestida de maneira prática, com calças e botas, o que me fez perceber que provavelmente passaria o dia fora da fazenda.
— Bom dia, Laurinha — ela di