Um vulto na janela

Em meados de uma manhã primaveril, Lívia passou mal após a refeição de café da manhã. Escondeu-se no quarto e não quis comer as outras refeições. Preocupada com o sumiço da médica, a diretora foi procurá-la.

— Você está bem, querida? — Tocou com o punho direito fechado na madeira branca três vezes.

No quarto, Lívia jogou a bolsa dentro do guarda-roupa de madeira envernizada e logo depois de prender os cabelos num coque mal feito, ela abriu a porta.

— Oi! — Lívia esboçou um sorriso contido.

— Você não apareceu no almoço, — adentrou o quarto. —Trouxe isso para você! — Entregou a bandeja para Lívia.

Reparou na cama de solteiro estava desarrumada e as cortinas ainda estavam fechadas, pelo que viu, Lívia passou a manhã deitada.

— O que está acontecendo? — A voz serena perguntou.

— Meu estômago está embrulhado, — Lívia olhou para o prato de macarronada com almôndegas e o copo de suco de laranja na bandeja que a senhora de rosto bondoso segurava. — Eu não sei se eu vou conseguir comer.

— Voc
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