Continuamos a viagem calados, mas os olhares que eu recebia eram provocantes, confesso.
Tinha horas que Augusto era o Homem mais atraente do mundo, me olhando, fazendo com que eu me sentisse a mulher mais atraente do mundo.
Outras horas, ele simplesmente conseguia ser frio e uma incógnita para mim.
O avião pousou e a primeira coisa que fiz foi ligar para Judith para saber de Anne.
—Ela já dormiu? - perguntou Augusto, encarando o relógio em seu pulso.
—Hm! - Respondi desligando o telefone e assim que segurei a alça da mala, Augusto a tomou de mim.
—Deixa que eu levo! - Disse ele me acompanhando.
Alisei a minha têmpora, sentindo minha cabeça latejar e assim que chegamos na calçada, estendi o dedo para chamar um taxi, Augusto abaixou a minha mão.
—Pode parar de ser impulsiva um instante? - Disse ele apontando com os olhos para um carro negro que parou bem na nossa frente.
Um homem uniformizado com um social preto saiu de dentro e veio até nós.
—Senhor Eisner, seja bem-vindo! -