060

Já fazia mais de uma hora que Ane havia sido atendida.

Ela estava em um quarto VIP tomando medicação e enquanto adormecia, eu fiquei acordada ao lado dela.

Ane parecia cansada. Sua aparência estava um tanto que pálida e suas mãos eram tão gélidas tanto quando comia sorvete.

De repente a porta atrás de nós foi aberta e uma presença forte passou por ela, emanando autoridade.

Era Augusto.

Ele veio até nós e sem simpatia na voz, seu timbre soou baixo, porém rancoroso.

—Como ela está? - Perguntou ele, mostrando preocupação.

—Ela ainda está um pouco cansada. - Falei olhando para o aparelho de saturação, vendo os números ainda levemente alterados.

De repente um silêncio ensurdecedor prevaleceu, mas logo foi quebrado pelo som da respiração de Augusto.

—Eu não quero mais falar com você com rodeios, Luiza. O que aconteceu com você nesses últimos quatro anos? Onde está enterrado o nosso filho?

Assim que ele perguntou, senti meu corpo gelar.

—Por que essa conversa de repente, Augusto.
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