Chegamos ao hangar da pista privativa ainda com o céu pintado de azul suave, sem nuvens, como se o universo estivesse nos dando um breve intervalo de paz. O vento cortava por entre os campos ao redor da pista, e o som constante dos motores do jatinho já ligado era quase tranquilizador.
Ajudei Sophia a descer do carro, observando o modo como seus olhos percorriam o ambiente, brilhando em expectativa, mas então ela parou encarando o caminho até o jatinho e olhou ao redor como se esperasse algo diferente.
— Ué... não tem ninguém? — murmurou, franzindo o cenho em clara confusão. — Achei que um lugar assim estaria mais cheio. Pessoas passando com malas, apressadas, um movimento grande.
Ela parecia esperançosa por algum movimento glamouroso, como se esperasse ver flashes, pessoas correndo com malas caras e taças de champanhe na mão, como em algum filme.
Foi Brian, atrás de nós, que respondeu com aquele tom habitual de desinteresse, mas havia um pouco de diversão em sua voz nesse momento.
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