A cadeira de rodas se movia lentamente pelos corredores silenciosos do hospital enquanto eu suspirava cansado depois da nova bateria de exames. Ser cutucado, movido, falar e repetir, entrar e sair de máquinas não havia sido o suficiente, eles agora queriam abrir minha cabeça, mas eu não iria até lá, já estava morrendo de qualquer jeito, não faria nada que pudesse piorar meu estado e me fazer perder mais dias com Sophia.
Tudo que eu conseguia pensar era nela, Sophia. Proibir que ela viesse até mim foi uma decisão lógica e racional. Mas cada segundo longe dela parecia um castigo. Eu queria protegê-la. Queria que ela estivesse longe daquele ambiente frio, das máquinas, dos exames, da possibilidade real da morte.
Mas o que mais me assombrava era o pensamento de que talvez… talvez eu não tivesse mais tanto tempo quanto esperava.
Deus, como eu queria ela agora comigo, poder sentir seu cheiro, a maciez e o calor de seu corpo. Era isso o que eu precisava, voltar para casa e estar com ela e nã