Tudo parecia envolto em neblina. A luz forte atravessava minhas pálpebras como agulhas. Pisquei uma, duas, três vezes, tentando distinguir formas, cores, qualquer coisa que me ajudasse a entender onde eu estava.
Meus olhos ardiam, minha cabeça latejava. O cheiro do ambiente era familiar: aquele mix frio de desinfetante e látex que só… hospitais têm. Forcei meus olhos antes de mover os dedos, sentindo um pequeno clipe apertando a ponta. Eu estava com a droga de um monitor de batimentos cardíacos! Foi quando eu me vi deitado na cama de hospital, havia também uma agulha presa ao meu braço, com o soro pingando num ritmo constante assim como as máquinas ao meu redor que emitiam bipes.
Por um instante, fiquei apenas observando o teto branco. Minhas ideias pareciam embaralhadas, como se minha mente tivesse sido sacudida dentro de um furacão. O que tinha acontecido? Por que eu estava ali?
Fechei os olhos tentando forçar a lembrança de volta. Fragmentos vinham como flashes: a cama… o toque que