— Itália?
Minha voz saiu em um tom agudo e surpreso, e nem me esforcei para disfarçar. Pisquei várias vezes, tentando entender se ele estava falando sério ou apenas delirando. Mas não, Will estava perfeitamente lúcido, sentado na beira da cama, com o soro já desconectado, me olhando com aquele maldito sorriso torto que sempre fazia meu coração tropeçar dentro do peito.
— Sim, Itália. Quero te levar para conhecer a vinícola na Toscana. Pensei em irmos hoje mesmo.
— Hoje? — repeti, mais escandalizada ainda. — William, você quase desmaiou há poucos dias! Como assim hoje? E por que, de repente, você quer cruzar o oceano?
Ele não respondeu de imediato, apenas estendeu a mão na minha direção, puxando-me suavemente para entre suas pernas. Suas mãos deslizaram pela minha cintura com tanta naturalidade que por um momento quase esqueci da pergunta.
— Eu só... quero viver tudo com você enquanto estou aqui. Só isso.
Sua voz era baixa, mas firme e ainda assim, não me convencia. Eu o conhecia o suf