208. Meu lar
Lúcia Donovan
“Me diz se… assim…” Ele testou um apoio diferente, a mão deslizando pelas minhas costas, lenta, exploratória, enquanto o corpo dele fazia concha no meu.
“Assim tá ótimo,” garanti, a voz falhando quando os dedos dele encontraram um ponto conhecido, bem na curva da minha lombar. Arfei, mordendo o lábio. “Continua.”
Ele continuou. Os dedos dele desciam em trajetos curtos, como se marcassem caminhos secretos. Cada toque era uma faísca. Quando roçava de leve, eu estremecia. Quando apertava um pouco mais, eu suspirava alto. Meu corpo estava sensível demais, como se cada célula tivesse sido afinada para responder a ele.
“Você sente?” ele sussurrou, a boca roçando minha orelha, enquanto a ponta do dedo delineava minha lateral, cada vez mais perto da borda da calcinha.
“Eu sinto tudo,” confessei, arfando, a voz quase quebrando.
Ele sorriu contra minha pele, satisfeito com a minha rendição. A mão dele desceu mais um pouco, firme no meu quadril, até se infiltrar pela lateral da cal