Olivia Harrys
Eu não fui embora. Pensei em ir, até dirigi por uma quadra, mas não consegui. Voltei e parei na frente da casa dele.
Fiquei dentro do carro, com as mãos no volante e o coração batendo no mesmo ritmo nervoso do pisca-alerta que eu nem lembrava de ter ligado. Podia ter ido. Podia ter respeitado o pedido dele e sumido. Mas alguma coisa aqui dentro dizia que deixar Enzo sozinho naquele estado era tipo largar uma criança birrenta no meio de uma rua movimentada. Ele ia fazer besteira. Era questão de tempo.
Quando finalmente consegui acalmar o coração e convencer a mim mesma de que talvez eu estivesse exagerando, só mais um dos meus alertas profissionais, o celular vibrou no porta-copos. Olhei a tela.