Lúcia Mendes Donovan
A primeira fisgada veio como um raio atravessando a parte baixa do meu ventre. Abri os olhos de repente, ofegando. O quarto ainda estava mergulhado na penumbra da madrugada, só o relógio digital piscava insistente: 04h17.
Engoli em seco, uma mão instintivamente apertando a barriga. Samuel se mexeu, uma pressão desconfortável que me fez prender a respiração.
“Tudo bem… vai passar…” murmurei para mim mesma, tentando controlar o pânico.
Não queria assustar o Nate. Ele dormia ao meu lado, profundo, o peito subindo e descendo de forma compassada. Havia trabalhado demais nos últimos dias, e eu não queria ser