Lúcia Mendes
A sirene não estava ligada, mas o mundo fazia barulho dentro da minha cabeça. Entrei na ambulância carregada por Nate. Mas minha mente ainda estava presa em tudo que tinha acontecido até agora.
“Eu tô aqui,” ele repetia, o polegar desenhando círculos no dorso da minha mão. “Eu tô aqui, Lúcia. Fica comigo.”
O paramédico ajustou o oxímetro no meu dedo, conferiu minha pupila com a lanterninha, prendeu mais firme o cinto da maca. O cheiro de antisséptico, metal e borracha tomou tudo. Nate nunca soltou.
“Pressão 100 por 60, saturando bem,” disse o paramédico. “Teve perda de consciência?”