114. Acabou

Nathaniel Donovan

O caminho até a casa do Enzo passou em blocos borrados de cidade. Eu não via luz, prédio, faixa. Só ouvia o próprio sangue nos ouvidos e a mesma frase batendo no crânio: Eduardo me capturou. Ache minha mãe. Apertei o volante até os nós ficarem brancos. Se eu deixasse o pânico me tomar, eu paralisava. E Lúcia não podia se dar ao luxo de um noivo inútil.

Quando estacionei, a fachada discreta parecia outra coisa: QG de guerra. Portão já aberto, dois carros descaracterizados, uma viatura sem sirene, gente entrando e saindo com rádio no ombro. Entrei direto. A sala estava tomada por notebooks, mapas, cabos. O celular do Enzo, em viva-voz, descansava numa bandeja de prata como peça central. O som que vinha dele era baixo, irregular: motor no fundo, vento, às vezes um tilintar de metal. A respiração dela. E, de vez em quando, a voz do desgraçado.

“Onde ela está?” minha voz saiu áspera.

David nem olhou. Estava em pé diante de um quadro branco com riscos de rota. “Não sabemos
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