~ MAITÊ ~
— É — Vivianne disse, e sua voz estava estranhamente calma. Resignada. — Você tem razão. Eu sou uma vadia desgraçada. Tive que fazer muitas coisas das quais não me orgulho.
Ela deu de ombros, como se estivesse falando sobre o clima.
— Mas não sou assassina, Maitê.
Algo dentro de mim explodiu.
— É SIM! — gritei, avançando para ela. — VOCÊ MATOU MEU MARCO! EU VI! EU VI VOCÊ ATIRAR NELE!
As lágrimas voltaram com força, escorrendo pelo meu rosto, minha voz quebrando completamente.
— Você atirou e ele caiu e havia tanto sangue e ele... ele...
Não consegui terminar. Desabei, os soluços me sacudindo.
Vivianne me observou por um momento, então disse calmamente:
— Tiro no ombro. Preciso.
Levantei a cabeça bruscamente, encarando-a através da visão embaçada pelas lágrimas.
— O quê?
— Músculo trapézio superior — ela continuou, quase didaticamente. — Doloroso o suficiente para causar sangramento e fazê-lo desmaiar. O suficiente para Dominic acreditar, assistindo pelas câmeras, que eu tin