~ MAITÊ ~
O carro deslizava suavemente pelas ruas de São Paulo enquanto a cidade se transformava ao nosso redor. As luzes dos arranha-céus criavam uma constelação urbana que parecia piscar em um ritmo próprio, como se a metrópole tivesse um coração pulsante. O trânsito da noite era menos caótico que durante o dia, mas ainda havia movimento suficiente para criar aquela sinfonia típica da cidade: buzinas distantes, motores roncando, o ruído constante de uma cidade que nunca verdadeiramente dorme.
Bianca estava relaxada ao meu lado, mexendo distraidamente no celular, como se estivéssemos simplesmente indo para um jantar casual ao invés de fugindo de uma situação que poderia determinar se meu filho viveria ou morreria. Sua tranquilidade era quase contagiante, mas eu ainda sentia a adrenalina correndo pelas minhas veias