~ MAITÊ ~
Não era uma pergunta. Era uma constatação simples, direta, impossível de negar após o que ele acabara de presenciar.
— Não é seu — respondi imediatamente, ainda de joelhos no chão frio do banheiro, tentando recuperar algum controle sobre a situação que estava rapidamente escapando das minhas mãos.
As palavras saíram automáticas, quase como um reflexo de proteção. Era mais fácil negar, mais seguro manter essa barreira entre nós, mesmo que ambos soubéssemos que havia uma possibilidade real de que não fosse verdade.
— Quantos meses? — ele perguntou, se aproximando lentamente, seu tom cuidadoso mas insistente.
Tentei me levantar, apoiando-me na pia fria, mas minhas pernas estavam tremendo tanto pela náusea quanto pela tensão emoc