— Como assim, desapareceram? — Nate perguntou, sua voz carregada de irritação crescente.
Deixei escapar um risinho irônico, amargo, que ecoou pela sala fria da delegacia. A situação era tão absurdamente previsível que chegava a ser cômica, se não fosse tão frustrante.
— Com dinheiro e influência — respondi, minha voz carregada de um cinismo que eu mesma não reconhecia. — Já vi isso acontecer antes. E o culpado era exatamente um Bellucci corrupto e criminoso.
Richardson continuou sua explicação com a paciência profissional de alguém que havia lidado com casos similares inúmeras vezes.
— Falha no sistema, segundo o hotel — explicou com óbvio ceticismo transparecendo em cada palavra. — Uma corrupção nos dados exatamente nas horas relevantes. As gravações antes e depois estão completamente intactas, mas as específicas do período em que você estava no quarto e quando James foi preso... simplesmente não existem mais.
— Isso não pode ser coincidência — Nate disse, sua voz carregada de raiva