A manhã de 31 de dezembro chegou com uma clareza mental que não sentia há dias. Acordei mais cedo do que o normal, com uma sensação de determinação que havia estado ausente desde a descoberta sobre Wanderer. A conversa com Zoey no dia anterior havia removido um peso dos meus ombros que eu nem percebia que estava carregando - a pressão de sentir o que achava que deveria sentir, em vez de aceitar o que realmente sentia.
Por volta das nove da manhã, meu celular vibrou com a mensagem matinal habitual de Nate. Durante os últimos dias, eu havia lido cada uma delas sem responder, uma mistura de teimosia e confusão me impedindo de tomar qualquer ação. Mas hoje foi diferente.
"Bom dia, Anne. Espero que tenha uma noite maravilhosa hoje."
Peguei o telefone e, pela primeira vez em cinco dias, digitei uma resposta.
"Nos vemos à noite."
Era simples, direto, mas carregado de significado. Não era um perdão, nem uma declaração de que tudo estava bem entre nós. Era apenas um reconhecimento de que eu es