O momento mágico do encontro de olhares com Nate foi interrompido antes mesmo que pudesse completamente processar a emoção que havia sentido. Mal havia dado dois passos na direção do terraço quando um homem se aproximou de mim com um sorriso confiante e charmoso, bloqueando sutilmente meu caminho.
— Impressionante como o clima inglês consegue ser imprevisível até mesmo dentro de casa — disse com sotaque alemão refinado, gesticulando na direção das janelas onde a chuva havia começado a bater suavemente. — Lá fora está chovendo, mas aqui dentro vocês conseguiram criar um verão perpétuo.
Não pude evitar uma risada genuína.
— É verdade — respondi com um sorriso natural. — Acho que os ingleses aperfeiçoaram a arte de ignorar completamente o próprio clima. Se dependêssemos do tempo para fazer festa, Londres seria uma cidade muito mais silenciosa.
— Exatamente! — riu ele, parecendo satisfeito por ter conseguido me fazer sorrir. — Klaus Reinhardt, aliás.
O sobrenome me fez parar imediatamente