Por volta das três da tarde, finalmente consegui parar de pensar na mensagem do Wanderer tempo suficiente para elaborar uma resposta decente. Tinha passado o dia inteiro com aquelas palavras ecoando na minha cabeça - "uma boa conversa... essa é mais rara" - e cada vez que relia, ficava mais impressionada com a elegância da frase.
Digitei e apaguei várias respostas antes de me decidir por algo que soasse natural mas inteligente:
"Adorei a referência ao Raymond Burr! E concordo completamente sobre conversas serem mais raras que encontros casuais. Que tal fazermos assim: cada um tem direito a dez perguntas, e se no final descobrirmos que somos compatíveis, marcamos um encontro? Você topa esse jogo?"
Enviei antes que perdesse a coragem e passei o resto da tarde tentando me concentrar no trabalho, mas verificando o telefone a cada quinze minutos.
A resposta chegou por volta das cinco:
"Ideia brilhante! Dez perguntas é o suficiente para descobrir o essencial sem estragar toda a surpresa. Po