Dois meses se passaram desde o jantar com os franceses, e as coisas finalmente pareciam estar entrando nos eixos.
O outono londrino havia chegado com força total, pintando Hyde Park com tons dourados e vermelhos que eu podia ver da janela do escritório. As manhãs estavam mais frias, exigindo casacos pesados e cachecóis, e as tardes escureciam cada vez mais cedo. Eu havia me acostumado com o ritmo da cidade, com o chá das três horas que Bianca insistia em tomar religiosamente, e com os ônibus vermelhos que ainda me faziam sorrir toda vez que passavam pela janela.
Mais importante, eu havia me acostumado com minha nova rotina no escritório. Os sussurros nos corredores haviam diminuído até desaparecer completamente. As pessoas pararam de me olhar de forma estranha quando eu caminhava pelos corredores de mármore da Bellucci, e Margaret voltou a me cumprimentar com aquele sorriso genuíno.
Tinha quase certeza de que Nate havia dado um jeito nisso. Nunca perguntei diretamente, mas notei como