Maria Júlia lutou com todas as suas forças para conquistar o grande amor da sua vida e enfim ela conseguiu fisgar o coração do todo poderoso, mais depois de um mal entendido ela foge grávida deixando Lyon completamente desnorteado na prisão, seu caminho vai se cruzar com de Sandro, um cara misterioso e cheio de segredos, Majú vai ter sempre aquela sensação de que conhece Sandro de algum lugar, mas será que conhece mesmo? E se conhece, da onde será? Lyon por sua vez fica desnorteado depois que Majú vai embora grávida de seu primeiro filho, agora mais do que nunca ele precisa se recompor para poder fugir daquele tormento chamado prisão para proteger seu amor e seu filho que estão em constante perigo sem saber. E aí, estão prontas para embarcar em mais essa aventura?
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10 dias! Foi tempo que fiquei no “pote”, a famosa solitária, em uma cela minúscula sem poder falar e ver ninguém, nem mesmo meu advogado, esse foi o presente que ganhei de aniversário depois de ter matado Camila com minhas próprias mãos e mais um crime na minha costa.Sou liberado para voltar a minha cela e assim que vejo orelha já vou logo perguntando.— Conseguiu falar com Fael?— Tenho falado com ele esse tempo todo, sabia que quando você fosse liberado do “pote” seria a primeira coisa que iria me perguntar.— Mais e aí, ela tá bem? E meu filho? Pergunto agoniado e fico mais ainda quando vejo orelha coçar a cabeça demostrando um nervoso.— Então... Depois do que você fez com a loira gostosa, o diretor ficou em cima de geral então só consegui uma brecha para ligar pro seu parceiro na madrugada. Não acharam ela em lugar nenhum, parece que ela evaporou.— Cara, não tem como ela ter evaporado, ela não tem ninguém.— Ela sumiu Lyon, não ligou para as amigas, não ligou para o seu irmão, desligou o celular ou trocou de chip... Sumiu! Até um tal de Ramon está caçando ela.Porra, onde ela foi parar? Fico pensando.Dez dias desaparecida, com certeza ela não está mais no Rio, se tivesse Ramon já teria achado ela.Eu fiquei muito mal com aquela notícia e me desanimei legal, passei dois dias deitado, não queria comer e devo ter perdido uns 5kg já, a galera tentava me animar, mais sem Majú meu mundo ficava em preto e branco.Estou em meu horário de tomar sol e porra como era bom sentir o calor do sol em minha pele, vê a claridade do dia, me sentei em um banco de concreto que tinha ali no pátio e fiquei observando a galera jogando futebol.Sinto alguém se aproximando e já fico na atividade, aqui é assim, você sempre tem que estar esperto por que a qualquer momento pode vir um e encravar alguma coisa em você, como por exemplo uma escova de dente trabalhada que vira um punhal.— Fala aí! Já logo pergunto ao cara que parou ao meu lado, sei que ele fecha com pezão, o tal que disse que ia comer minha mulher, tenho um ódio desse cara que se eu tivesse oportunidade não perderia ela e mataria ele.—O chefe quer conversar com você!— Não tenho nada pra conversar com ele! Digo ainda assistindo o jogo.— Você sabe quem é ele não sabe? Afirmo com a cabeça. — Então! Se você não for falar com ele, certamente ele aparecerá na sua cela no horário que você estiver dormindo.Depois dessa simples e maravilhosa ameaça resolvo ir até ele em sua ala.— Diz aí pezão, o que de tão importante a vossa senhoria quer falar comigo? Debocho.— Vou fingir não ter ouvido seu deboche Lyon, vou direto ao ponto. Ele olha para os lados e se aproxima de mim. — Chegou ao meu conhecimento que você planeja fugir, quero sair nessa fuga!Não fiquei nem 5 minutos conversando com pezão, depois de não ter escolha e ser obrigado a aceitar levar ele comigo nessa fuga, volto pra minha cela no ódio puro.Passo pelo meio das camas, e sou observado pelos caras, vou até o final da cela e começo a socar a parede, em cada soco que dou o som que sai da minha boca é de ódio, minha mão começa a sangrar mais nenhum desses fofoqueiros filho da puta diz alguma coisa.— Quem foi o arrombado que abriu a boca para o pezão? Pergunto já me virando em direção a eles.— Eu não fui, não falei com ninguém! Diz orelha enquanto todos os outros foram falando a mesma coisa.— Ahhhh, agora aquele arrombado tem bola de cristal neh? Alguém aqui abriu o bico, quem foi porra? Grito.— Lyon, aqui o povo vive nas espreitas qualquer vacilo nosso tem um ouvindo. Diz Xaropinho.— Cara, você precisa de um médico. Sua mão tá sangrando! Desta vez é Olho de vidro que se pronuncia.Minha mão tá pingando de sangue e não duvido nada que tenha fraturado algum osso já que a dor começa a aparecer, mais meu sangue tá tão quente que isso não é nada pra mim.— Pezão vai ter que ir com a gente e se mais alguém souber dessa fuga vou ter que cancela-la. Não tenho como levar a penitenciária toda! Digo saindo dali puto e indo até a enfermeira.Assim que chego na ala hospitalar da prisão aviso um agente que preciso que o médico dê uma olhada na minha mão, ele olha para a mesma e entra na ala, volta algum tempo depois e libera minha entrada.Assim que entro na sala reparo cada canto do local, em questão de segundos eu já conheço cada canto dali, vejo que na verdade não é um dr e sim uma dra, ela me observa entrar e assim que paro na sua frente já estico a mão para que ela veja.— O que tú aprontou aí? Enfim ela fala alguma coisa.— Digamos que eu me estressei demais e para não voltar para o “pote” resolvi socar a parede. Ela segura minha mão e olha com cuidado, pega alguns produtos e começa a limpar o local que está com muito sangue.— Vamos precisar de uma radiografia pra vê se não quebrou nada, qual seu nome e ala que está? Ela pergunta anotando em uma prancheta o que digo.— Ok dra... Dou um pausa esperando ela dizer seu nome.— Dra Hellen. Ela completa.Dra Hellen aparentava ter aproximadamente 26 anos, era morena e magra, ela era bonita, passo todas as informações solicitadas.O RX foi feito e realmente havia uma fratura, ela imobilizou e no final me liberou com algumas instruções.— Não pode fazer esforço com essa mão Daniel, você deve ficar com isso por 4 semanas e toda semana quero você aqui para irmos acompanhando a fratura, ok?— Claro dra, será um prazer poder vê-la toda semana. Digo com um sorriso no rosto sacana e ela fica extremamente sem graça.Não me julguem por flertar com ela, eu tenho um motivo e sim, eu amo a Majú e não desisti dela, mais preciso de tempo para saber o que fazer em relação a ela e de aliados para sair daqui.Kadu...A morte do meu irmão mexeu muito comigo, hoje com vinte e sete anos tenho a responsabilidade de educar meu filho e ajudar a educar meu sobrinho, não que Majú não tenha feito seu papel direito, é que o moleque faz várias perguntas sobre o seu pai e eu estou pronto a responder, já Majú chora sempre então o pequeno não gosta de vê a mãe chorar por isso vem até mim. — Tio, meu pai tem uma tatuagem com o meu nome no braço, sabia? — Sim... Sua mãe te contou? Pergunto saindo dos meus pensamentos. Leon e Bernardo estão brincando de bola no meio do grande gramado que tem no meu terreno. — Não! Eu vi! Ele diz me dando as costa e correndo atrás da bola que está nos pés de Bêh. Sorrio de seu comentário e balanço a cabeça negativamente. — Essas crianças!! Digo em voz alta. — O que tem de tão engraçado as crianças? Lorena chega por trás de mim com um bandeja com suco e sanduíche para as crianças.
Três dias depois... — Majú, levanta dessa cama... Você precisa reagir! Marina tenta de todas as formas me levantar. Desde o enterro, eu tenho me isolado, acho que já perdi uns 6 kg, Kadu e Lorena estão morando aqui em casa por que não tenho condições de cuidar do Leon, dona Maria continua ajudando, mas não 24 horas. — Ela ainda não reagiu? Pergunta Fael ao lado de Marina. — Nada! Não come, na bebe água e para tomar banho é um custo.Ele respira e senta na minha cama, eu estou de olhos abertos e cobertos por lágrimas. — Ele não ia querer te vê assim Majú... Por ele, por Leon, faz uma forcinha. Eu repassei mais de mil vezes nossa última noite juntos e tirando forças de não sei aonde olho para Fael e pergunto: — Você nunca me contou onde achou ele e o que aconteceu... — Você nunca perguntou! — Agora eu quero saber... Me sento na cama e limpo meus olhos. — Tem certeza?
O batizado foi perfeito, mas o pós batizado estava me matando. Pela tristeza nos olhos de Lyon, eu sabia que havia chegado o momento, eu sabia que ele não queria fazer aquilo, sabia também que ele não tinha escolha e eu estava com o coração apertado por que mesmo sabendo que ele faria algo que iria me magoar tanto, a sensação que eu tinha era que aquela seria a última vez que nos veríamos, eu não sei por que eu estava com aquela sensação, mais resolvi orar e pedir proteção para ele, provavelmente FM e Fael estariam com ele e aqueles garotos seriam capazes de dá a própria vida pela do chefe deles. Desde o que aconteceu com Leon que eu não aparecia no trabalho, lógico que informei a minha chefe que em algum momento eu apareceria lá para assinar a minha demissão, mais quase sete meses depois eu ainda não havia feito isso. Hoje para me distrair resolvi deixar Leon com dona Maria e ir até o hospital finalizar essa etapa da minha vida, estava me arrumando quando ouço na tv a repórter fala
Batizado do Leon e Bêh...Tudo ficou lindo, as meninas souberam organizar tudo direitinho. A igreja estava toda decorada de flores brancas, Bêh e Leon estavam de branco dos pés a cabeça, calça comprida e blusa de botão, Majú estava linda vestindo um vestido rosa bebê lindo de tule, eu vestia uma calça social gelo e uma blusa de botão branca com as mangas levantada até a altura dos cotovelos, deixei por fora da calça e com três botões abertos. Depois do padre ter realizado o batismo, resolvemos comemorar na minha casa, só os mais próximos mesmo. Majú estava em pé com Leon no colo conversando com Lorena e eu estava abraçando ela por trás, a gente ria até que Thuane pede licença e se dirige pra dentro de casa, não demora muito FM vai atrás, nos entre olhamos e acho que geral pensou a mesma coisa, rimos de imediato. — Vai dá merda! Kadu diz ainda rindo. — Alguém precisa ser decidido nessa comunidade neh! Jogo piada para Fael. Ele e Marina ficam nesse chove e não molha, se gostam mai
Lyon... Estávamos de volta ao meu morro, eu podia viajar o mundo inteiro, mas era aqui que eu me sentia a vontade, nasci e agora tenho certeza que vou morrer aqui também, que saudade! Nem cheguei em casa direito e já fui me retirando na espreita, saí sem Majú me vê, ou então ela ia ficar reclamando de ter que desfazer as malas sozinha. Fui direto pra boca e assim que entrei já vi Fael e FM de bobeira. - É só o gato sair que os ratos fazem a festa neh? Já entro chamando a atenção deles, lógico que era de brincadeira, eu estava sentindo falta deles. - E a lá!!! O gringo do complexo chegou. Disse FM zoando. - Do you speak English?(Você fala inglês) Rir Fael me zoando. - Some things...(algumas coisas) Respondo. - Tirou onda hein chefe! Zoa FM também. Em meio aos risos aperto as mãos deles e dou um abraço. - Pensei que ia morar nos states. Fael fala. - É ruim heim... Aqui é o meu lugar e já estava doido pra voltar. O papo estava descontraído até meu telefone tocar, e era Majú,
Caíque...Assim que Majú foi embora, peguei meu celular e liguei para meu advogado. — Boa noite Dr , eles estão subindo... Já estão com um mandado. — Boa noite meu amigo, eles vão te entregar um papel, leia bem devagar, nesse tempo vou para delegacia... Te encontro lá. Foi exatamente isso que eu fiz, assim que o telefone desligou a campainha tocou. — Caíque você precisará nos acompanhar, foi expedido um mandado de prisão pra você. — Sem problema! Desde quando eu assumi esse crime, uma tristeza me abateu. Porra, era minha profissão, eu amava o que fazia, então depois de conversar com meu advogado e ser informado que ele conseguiria me tirar da prisão em poucos meses, mas não conseguiria manter minha profissão, eu me isolei de tudo e todos, mas por incrível que pareça, nesse exato momento eu estou calmo. Talvez fosse o fato de ter visto a Majú, de saber que realmente valeu a pena assumir isso tudo, por que mesmo não estando com ela, Leon vai ter a mãe por perto e eu me apeguei a
Último capítulo