RICARDO

— Envie todos os feridos para a enfermaria. — Eu disse a Bernardo, olhando para Ana, que desmaiou após suportar a dor por um tempo.

— Claro, Alfa.

Foi muito difícil se livrar do fogo queimando sua pele. Mas no momento em que Natália correu, o fogo se apagou por conta própria. E Ana perdeu a consciência.

— Você vai ficar bem. — A outra amiga dela acariciou a mão de Ana, sussurrando para ela enquanto lágrimas escorriam por suas bochechas.

Meus olhos foram atraídos para o rosto de Ana. Suas bochechas estavam tão queimadas. A pele havia se descamado, deixando nada além de carne exposta e sangue.

A pele da outra amiga não pegou fogo quando suas roupas pegaram fogo da última vez. Portanto, ela não estava ciente de que as feridas mal cicatrizavam. Mesmo após a cicatrização, as cicatrizes horríveis permaneciam — um lembrete constante do que acontecera.

O estado em que Ana se encontrava me fazia duvidar que ela sobreviveria o suficiente para se sentir horrorizada com as marcas. E