NATÁLIA
Minha cabeça começava a doer novamente. Era como se algo estivesse batendo contra o meu cérebro, sacudindo tudo.
Meus pensamentos estavam confusos. Num momento, eu estava pensando em uma coisa, e então essa dor de cabeça surgia, como se outra entidade tentasse assumir o controle de mim, me deixando com opiniões divididas, pensamentos desconexos.
— Não se estresse. Descanse. Vá dormir e não pense nisso. — Ele sempre dizia as mesmas coisas, com a mesma merda de respiração.
A sensação de queimação retornava aos meus olhos, fazendo-me sentir como se o fogo estivesse prestes a jorrar deles.
— Ricardo. Não me diga para descansar. Não me diga para não pensar nisso. — Suspirei, com os ombros caindo.
— Eu não posso ficar aqui esperando... Por... Por eu não saber nem o quê! — Minha voz aumentou quando uma onda de dor atingiu minha cabeça.
— Confie em mim. Apenas fique onde está. Eu vou descobrir. — Ele me assegurou.
Um par de mãos pousou em meus antebraços. A dor diminuiu, e um s