NATÁLIA
— Eu ia deixá-lo viver por um tempo. Você sabe... Torturá-lo e obter informações, mas então você me pediu para poupá-lo, e a chave virou na minha cabeça. — Ele respirou, os olhos se estreitando sobre mim.
— Você o matou... Porque eu... — As lágrimas correram pelas minhas bochechas novamente, embaçando minha visão.
— Sim. Lá estava ele tentando te foder contra a sua vontade e, em vez de me pedir para matá-lo... Como você deveria ter feito... — Ele se aproximou, deixando seus lábios tocarem os meus em um toque suave. — Você me pediu para deixá-lo ir.
Minha respiração ficou presa na garganta. Ele realmente havia interpretado mal a situação, como Ana suspeitou?
Henrique e Emília saíram da minha mente instantaneamente, e o pensamento de ele ter mal interpretado essa situação me fez agarrar sua jaqueta com os punhos.
— Ele era o companheiro da minha irmã. — Tentei argumentar.
Os lábios de Ricardo se contorceram quando meus olhos se baixaram para eles. Eu engoli em seco e olhei