NATÁLIA
Desesperada para escapar da voz da minha irmã, me debati e me libertei do pesadelo.
A luz brilhante no quarto desconhecido machucou meus olhos. Tive que piscar algumas vezes para ajustar minha visão.
O primeiro rosto que vi foi o de Ana. Consegui ver sua boca se movendo, formando palavras, mas não consegui ouvir nada.
Havia um zumbido constante nos meus ouvidos, que aumentava de volume quanto mais eu tentava ouvir o que ela estava me dizendo.
Senti uma leve dor no corpo, mas a pulsação sufocante no meu lado e na minha cabeça havia desaparecido.
— O... Ouvir... — As palavras de Ana ficaram um pouco mais claras.
O próximo rosto que vi foi o de Diana. Ela correu até o meu lado e empurrou Ana para que pudesse falar em seu lugar.
Confusa, meu olhar alternava entre as duas.
Diana se agachou e segurou meus ombros antes de balançar meu corpo. Acordei da confusão. Minha audição voltou com toda a força.
— Você está bem? — A voz estridente de Diana penetrava meus ouvidos.
Ofegu