NATÁLIA
Baixei o olhar instantaneamente e tentei passar por ele quando meus sentidos entraram em ação.
— Não pode nem dizer oi para mim? — Ele zombou.
Meus pés pararam abruptamente. Me virei para o encarar.
Pontadas de dor atingiram meu coração quando olhei em seus olhos castanhos brilhantes.
Desenrolei meus braços de mim mesma e deixei minhas mãos caírem ao lado antes de as cerrar em punhos.
— O que você... quer? — Foi difícil falar.
Eu não sabia o que deveria dizer a ele.
— Você precisa tanto que eu queira algo de você? — Ele sorriu para mim.
Minha respiração ficou presa na garganta. Cerrei os dentes.
Ele deu um passo à frente. Eu dei um passo para trás, cautelosamente.
Nunca tinha notado esse olhar monstruoso nos olhos dele antes. Ou talvez, eu simplesmente ignorei os sinais de alerta.
— Não é melhor que você saiba de tudo agora? Eu não preciso mais mentir para você. — A voz dele baixou.
Arrepios subiram pelo meu corpo. Um alarme disparou na minha cabeça, me informando sobre algo q