NATÁLIA
— É a sua mãe. — Ana me informou da cozinha.
Olhei por cima do ombro e a vi segurando o telefone a uma certa distância do ouvido enquanto me informava sobre a ligação da minha mãe.
— Ela quer que eu vá para casa? — Perguntei da sala de estar.
— Sim. — Ana assentiu com a cabeça.
Os olhos dela contavam outra história. Ela não queria que eu voltasse para aquela casa.
— Ok. Diga a ela que estou indo. — Me virei e encarei Diana, que estava sentada no sofá em frente ao meu.
— Vamos a deixar em casa em meia hora, Sra. Silva. — Ana disse à minha mãe monotonamente.
— Ok. Claro. — Ela desligou a ligação e veio se sentar ao meu lado.
Puxei minhas pernas para cima e coloquei o queixo sobre o joelho. Um suspiro escapou dos meus lábios.
— Não se preocupe. Vou pedir para alguém investigar esse homem. Me mande o número que ele usou para te ligar quando pegar seu telefone. — Disse Diana.
Assenti com a cabeça. Eu tinha contado tudo a elas. Desde a visita dele ao meu quarto, até a ligação e depo